domingo, 31 de julho de 2011

Daniel Guérin


Texto baseado em trecho do Ensaio sobre a Revolução Sexual, de Daniel Guérin, palestra feita em 1968, lançada no Brasil em 1980 pela Editora Brasiliense.
Quadrinho publicado primeiro na Miséria nº 4.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

LUTA POR MORADIA NO CAMPO BELO CAMPINAS-SP


"O Movimento das Fábricas Ocupadas esteve presente numa importante luta por moradia que aconteceu na cidade de Campinas - SP. Cerca de 800 famílias ocuparam há 40 dias atrás um latifúndio urbano-rural que estava abandonado há anos. A carência de habitação naquela região é muito alta. E os moradores locais por conta própria, sem ligação com nenhum Movimento Popular ocuparam a terra. Mas logo saiu a ordem de despejo, e as famílias ficaram desesperadas sem ter o que fazer, afinal, muita gente estava de "mala e tudo" no acampamento, inclusive muitos dos moradores da ocupação já haviam construído casas de alvenaria, morando definitivo.
Foi aí que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto recebeu um pedido de apoio e logo chamou o MST, Fábrica Ocupada Flaskô, o MTD também compareceu pra prestar apoio. Todos estavam presentes no dia do despejo, chegaram lá na ocupação por volta das 4:00 hs da manhã, e a polícia já estava lá, dentro do acampamento. Não teve jeito, com um efetivo com cerca de 500 policiais militares, que iniciaram a operação de despejo às 3:30 da manhã, sem o mandato judicial, iniciaram ainda a noite, metendo o pé na porta dos barracos, sem o oficial de justiça, sem diálogo com os moradores, sem negociação, sem deixar as famílias tirar seus pertences, foi pesado, truculento e sem compaixão nenhuma. Fizeram da forma mais humilhante possível. Totalmente fora da lei.
Mas pagaram alto por isso, os moradores decidiram reagir, lutar em defesa da sua necessidade de moradia. E aí foi bonito de vê, uma barricada paralisou o transito da rodovia Campinas Indaiatuba, e mais bonito ainda foi vê o povo em peso sendo solidário com a causa. Imaginem a população de um bairro inteiro revoltado com o tratamento que o poder público teve nessa situação. Não teve tropa de choque que intimidasse esse povo, que botou "osome" pra correr, recuar. Muita gente, muita gente.
Na TV FLASKÔ, publicamos um documentário produzido com fotografias que mostram da truculência da polícia militar à sensacional reação do povo (vídeo acima).

Mas essa luta não parou por aí, o povo não poderia ficar sem continuar essa luta, muita gente realmente não tinha pra onde ir, então após algumas assembleias a população decidir ir mais uma vez pro arrebento. Cerca de 200 pessoas se dirigiram a Secretaria de Habitação em uma manifestação pacífica exigindo da prefeitura a solução pra falta de moradia naquela região. E após a pressão popular, algumas poucas conquistas foram arrancadas da secretaria: bolsa aluguel pra muitas famílias, cadastramento de mil famílias pra iniciar um projeto de construção de casas populares, analisar as condições de ter áreas provisórias.
Mas a decisão do povo continuar a resistência e a organização pra realmente conquistar as moradias."

quinta-feira, 28 de julho de 2011

2º FESTIVAL FLASKÔ FÁBRICA DE CULTURA


"É com grande satisfação que trazemos a público o 2° Festival Flaskô Fábrica de Cultura, que tem como principaobjetivo o fortalecimento do diálogo entre a fábrica, a Vila Operária, os movimentos sociais, grupos de arte militantes e a população, por meio da arte. Entendemos a arte como instrumento de reflexão e crítica da organização produtiva na sociedade atual, uma arte que contribua para a formação de sujeitos que se reconheçam como tais diante da História, capazes de compreender o passado, de criar suas próprias memórias, de se articular socialmente, de mudar o rumo das coisas. O primeiro Festival ocorreu em agosto de 2010, em decorrência da criação da Fábrica de Esportes e Cultura da Flaskô, e da vontade de tornar pública a luta que diz respeito não somente aos trabalhadores da fábrica, que a ocupam e gerenciam desde 2003, mas a todos que entendem como necessária a crítica e superação do sistema capitalista de produção. Sob essa orientação, foi criado o galpão de esportes e cultura, com atividades de caráter público e construção coletiva, com vistas a fomentar um espaço cultural de que a cidade de Sumaré tanto  carece.Este segundo Festival contemplará a apresentação das atividades regulares desenvolvidas na Fábrica de Cultura, como dança, judô, exposições, cenas teatrais sobre o processo de ocupação, debates sobre cultura, engajamento e trabalho, e, fundamentalmente, apresentações de diversos coletivos artísticos que desde o primeiro Festival estreitaram relações com a Flaskô - grupos que orientam a produção de sua arte politicamente e que atuam na periferia das cidades. Esperamos que muitos compartilhem conosco esse importante momento de  diversão e reflexão. Bem-vindos à Flaskô!"

Inscrições AQUI.

terça-feira, 26 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MINHACASAMINHAVIDA


          (Quadrinho de Ryotiras)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Nova Okupa em Campinas

Entrem no blog da ZONA AUTÔNOMA TIMOTHY LEARY, nova Okupa de Campinas.

A Arte na Época do Embabaqueamento Técnico

                                                                                                                                      (foto: Ali Kamel)

http://g1.globo.com/videos/jornal-nacional/v/festival-de-linguagem-eletronica-reune-obras-interativas-em-sao-paulo/1569780/

A Arte, como é bonito ver o sorriso das pessoas ao ter ao alcance de seus dedos experiências lúdicas livres com o que há de mais avançado no desenvolvimento técnico da produção artística. Mas o que o O Jornal Nacional não coloca em pauta é a quantidade de artistas que ocupam as ruas de todas as cidades do Brasil, divulgando manifestações livres de arte, de opinião, de discussão, de pensamento, e são reprimidos pela polícia ou pelos agentes das Secretarias de Cultura, ou seria Controle de Cultura (?), por estarem vendendo ilegalmente suas obras... Manguear é a atividade de artistas que ocupam as ruas, as praças, sinaleiros, com seus zines, seus malabares, seus violões, seus narizes de palhaços, e fazem um momento lúdico e sensível dentro do caos urbano, eles tentam sobreviver disso porque não necessariamente acreditam nas formas de trabalho que o Jornal Nacional e a grande mídia impõem as nossas cabeças, eles não acreditam também na necessidade do consumo desenfreado que desfila nos comerciais do Jornal Nacional... eles mangueiam para comer, para se expressar, para viver de maneira menos filha-da-puta...

Mas o Jornal Nacional e a Polícia, e as vezes o cidadão de um país democrático acreditam só nas definições do dicionário: "1. Manguear (verbo): 

Significado: Fazer bagunça, desordem. Promover bagunça, confusão; abagunçar.
Exemplo: Como ele pôde vir aqui, mexer nas minhas coisas e manguear todos os meus processos?"


Espetáculo Democrático, a arte na época do "embabaqueamento"* técnico... Obrigado Ali Kamel!

* tornar babaca.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Luta por Moradia - Ocupação do MTST em Brasília



O Movimento de Trabalhadores Sem Teto - MTST - no DF organizou ocupação com aproximadamente 320 pessoas na BR070 entre Ceilândia e Samambaia, no dia 16 de julho. Segue nota do Movimento:


"- Ocupação de área urbana para a população de baixa renda -
A especulação imobiliária desenfreada é implacável em impedir o acesso da população de baixa renda à moradia digna. Programas sociais de assistência, como o Minha Casa, Minha Vida são utilizados pela burguesia especuladora para encarecer ainda mais o preço da moradia popular, inflacionando o mercado. Isto faz com que reste pouca alternativa à população digna e trabalhadora de baixa renda, que não consegue ter acesso a este direito inalienável, previsto na Constituição Brasileira.
Indignados com esta realidade, integrantes do Movimento dos Sem Teto e diversas organizações populares fizeram hoje uma ocupação na Ceilândia BR 070 para reivindicar moradia para a população de baixa renda e o fim da especulação imobiliária, que torna a moradia mais cara para toda a população!
Convidamos a todos os movimentos sociais, organizações e a população em geral para comparecerem a este movimento que tem como norte a mobilização popular como ferramenta para transformação da sociedade com justiça social, paz, respeito ao meio ambiente, acesso ao lazer, cultura, educação, saúde e emprego.
Esta ocupação de hoje tem como objetivo denunciar a vergonhosa política habitacional de sucessivos governos que ainda se submetem às empreiteiras, tornando Brasília o epicentro da especulação imobiliária. Debaixo dos olhos do Poder Público vemos a miséria e a falta de perspectiva, maquiadas pelos enormes gastos com publicidade para nos convencer de que uma grande mudança impulsionada pelo governo está acontecendo.
De fato, as mudanças que estão ocorrendo são duas: a primeira é que está cada vez mais difícil ter acesso à moradia digna, por conta da especulação imobiliária, a grilagem e a apropriação indevida dos programas sociais por parte das grandes construtoras; a segunda, esta sim de valor real para a população, é que cada vez a população e as organizações populares percebem com mais clareza que só a luta muda a vida, que programas sociais dos governos nunca serão eficazes para solucionar os problemas da população de baixa renda do nosso país. Só com esta compreensão, de que não podemos esperar que o governo faça uma transformação que é a nossa tarefa histórica, poderemos fazer frente a este processo que vem acontecendo em Brasília e realmente conquistarmos este e tantos outros direitos.
Cabe a nós agora fortalecermos esta luta, transformando a ocupação em um lugar ativo, cheio de vida e alegria que vem da luta por um sonho de uma vida melhor. Sendo assim, estejam todos convidados para a Ocupação de Julho de 2011, território livre do Distrito Federal, onde manda o povo e o governo obedece."

sábado, 16 de julho de 2011