No dia 15 de dezembro de 2009, administradores da Usina Esther e um batalhão da Polícia Militar sob o comando do capitão Rogério Nascimento Takiushi expulsaram ilegalmente e de forma violenta cerca de 200 famílias que ocupavam a Fazenda Saltinho, no município de Americana. Esta área é propriedade do Estado de São Paulo e, ao invés de ser destinada à Reforma Agrária como determina a Constituição, vem sendo utilizada de modo irregular pela Usina para a monocultura de cana-de-açúcar. A Usina nunca mostrou qualquer título de propriedade da área. Como forma de pressão e denúncia, a área grilada foi ocupada no dia 12 e reocupada no dia 15 por famílias organizadas pelo MST (Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra), Sintraf (Sindicato de trabalhadores da agricultura familiar de Sumaré) e CUT-São Paulo (Central Única dos Trabalhadores) .
O capitão Takiushi possui histórico de truculência em sua relação com movimentos populares. Já se registraram intervenções de tropas sob seu comando aterrorizando famílias do assentamento de Reforma Agrária Milton Santos, localizado ao lado da Fazenda Saltinho. Sua última ação de despejo no dia 15 demonstrou uma vez mais o caráter anti-popular e arbitrário do comando da Polícia Militar. Apesar de cerca de oitenta barracos estarem estabelecidos na área, o despejo foi realizado sem mandado de reintegração de posse. Ao telefone com seus superiores, o capitão afirmava haver apenas quatro barracos erguidos. Takiushi e seus policiais agiam claramente em nome da Usina Esther. Para proteger a apropriação ilegal de terras públicas por parte da Usina, as tropas não hesitaram em utilizar a força. Bombas de “efeito moral” e balas de borracha foram disparadas contra as famílias ocupantes e também contra a área do assentamento Milton Santos, ferindo oito pessoas, inclusive crianças. Uma pessoa foi presa.
Aos trabalhadores ocupantes e aos assalariados da Usina ficou clara a articulação entre Estado e Patrões na repressão de trabalhadores. Com base neste aprendizado e contra qualquer obstáculo, a luta e a organização populares avançarão em direção à construção de uma nova ordem social mais justa.
Pedimos a tod@s que apóiam a luta pela Reforma agrária que manifestem seu repúdio à ação da PM e repassem esta mensagem para o maior número de pessoas possível.
MST – Regional Campinas
Setor de Comunicação
O vídeo que mostra a desocupação realizada no dia 12-12 neste mesmo local pela PM está disponível aqui: www.camaracom. com.br/coletivo
Em breve publicaremos neste site o vídeo que mostra esta truculenta ação da polícia do dia 15-12 descrita no texto acima.
putz galera... q do caralho esse desenho... batata, foi vc?
ResponderExcluir