domingo, 26 de dezembro de 2010

Vantuir

(quadrinho da revista Miséria 4, de agosto de 2010)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Carta do filho do Plínio Marcos

Dia 19 de novembro é aniversário da morte do meu pai, escrevi este texto no
dia em que ele morreu: 19 de novembro de 99.

Meu pai morreu. Todo pai morre. Agora estou aqui pensando: o que foi que meu pai me deixou? Apartamento? Não. Carro?Nem uma bicicleta. Dinheiro? Ele não conseguia pagar nem as próprias contas. Mas pagava a dos filhos. Roupas? Só um chinelo velho, mas meu pé é maior. Sem testamento, sem herança, sem nada? As peças. As peças de teatro? De quem são as peças de teatro? Meu pai era escritor. Escritor de teatro. Teatro? Teatro dá dinheiro. Tem gente que escreve peça pra ganhar dinheiro. Não, meu pai não. Não ganhou muito dinheiro com teatro. O que ganhou, gastou. Deu dinheiro pra muita gente. Meu pai não era um bom administrador. Era um "maldito", diziam, um "marginal", mas não era bandido.

Por que ele era maldito, afinal? Será que não pensava nos filhos? Por que não escreveu peça pra ganhar dinheiro? "Ninguém tem direito de pedir a um artista que não seja subversivo.". Meu pai escrevia sobre puta e cigano sem dente. Puta, cigano sem dente e cafetão. Puta, cigano sem dente, cafetão, presidiários, desempregados e fudidos. Puta e cigano sem dente? Puta, cigano sem dente e cafetão é chato, porra! Puta, cigano sem dente e presidiários não dava dinheiro. Puta, cigano sem dente e desempregados não tinha "patrocínio". Mas eu queria tênis americano, eu queria camisa Lacoste, camisa Hang Ten.

Meu pai tinha que ganhar dinheiro. Por que ele insistia em escrever peças sobre puta, cigano sem dente, cafetão e presidiários? Ele insistia. Puta, cigano sem dente, cafetão, presidiários, desempregados e fudidos. E o ator e Jesus Cristo e nada de "comédia comercial". Mas eu queria o meu "All Star", eu queria ter todos os discos dos Beatles. "Pai, me dá dinheiro pra comprar uma guitarra!" E eu tive, eu tive a tal guitarra, eu comprei todos os discos dos Beatles com o dinheiro dele (depois tive que comprar tudo de novo em CD com o meu dinheiro e agora dá pra baixar de graça na internet). Calça boca fina, camisa Hang Ten.

Onde ele arrumava dinheiro? Onde ele arrumava dinheiro pra me comprar tênis "All Star"? Ele achava que isso era "lixo americano". Ele achava que essa merda importada só servia pra aumentar a nossa alienação. Meu pai era generoso. Ele não ia deixar de me dar uma
coisa que eu queria, só porque ele achava que o que eu queria era imposto pela sociedade de consumo. Ele tentava me orientar, mas respeitava minha opinião de adolescente alienado. Onde ele arrumava dinheiro?

Era época de ditadura. Escrever sobre puta, cigano sem dente, cafetão e presidiários, incomodava os "poderosos". Porra, ainda mais essa! Já escreve sobre coisa que não dá dinheiro, mas além de não dar dinheiro, ainda é proibido? "Pai, me dá dinheiro pra comprar disco do Bob Dylan!". Meu pai fez novela, fez Beto Rockfeller. Mas Beto Rockfeller não conta, Beto Rockfeller era A novela, tinha a cara dele, era revolucionária. Ele fazia o Vitório, o melhor amigo do Beto. Ele ganhou um dinheiro, me comprou um tênis, uma guitarra, um...

Mas A novela era na Tupi. A Tupi faliu. Meu pai foi fazer novela na Rede Globo: "Bandeira 2". Mas a Globo é no Rio, o Rio tem praia, ele cabulava as gravações e ia pra praia: "Novela é chato pra caralho, porra! O direito da gente coçar o saco é sagrado.", ele dizia. Ele ia pra praia e lá ficava indignado porque naquela época a Globo não punha negros nas novelas e quando punha era nos papéis de escravo ou mordomo. Meu pai escreveu no jornal "A Última Hora" do Samuel Wainer, onde ele trabalhava, que a Globo botou a Sônia Braga dois meses tomando sol pra ficar escura, em vez de chamar uma mulata pra fazer "Gabriela". A Globo não gostou. Os "poderosos" da Re de Globo não gostaram. Fizeram ameaças, juraram de morte. Em fim, a Globo não dava mais. Quando ele tava por lá, ele bem que quis escrever novela. Afinal, eu queria dinheiro pra comprar tênis, disco, guitarra. Mas novela de puta, cafetão e cigano sem dente? Não, novela de puta, cafetão e cigano sem dente não dá. Se fosse cigano com dente, musculoso e mau ator, aí dava. Agora, cigano sem dente, pobre e fudido, não dá. Então não dá. "Na televisão brasileira, artista estrangeiro morto trabalha mais do que artista brasileiro vivo." Tudo bem, não podia fazer peça de puta porque a ditadura não gostava, não podia novela de cigano pobre, fudido e sem dente porque a T.V. não queria. Então o que que podia?

Não podia nem chamar a Rede Globo de racista, nem nada. A sinopse que ele fez pra uma novela quando finalmente a Globo chamou ele, era de uma tribo de ciganos que estupravam as filhas dos empresários e...bem, não aprovaram. E as portas iam se fec hando. E a ditadura ali, descendo o cassete. E eu queria o meu tênis "All Star"! "Pai, porra, pai, eu quero dinheiro pra comprar time de botão!" Mas enquanto os "poderosos" iam dizendo: Não! Não! Não! Ele ia ganhando o respeito dos humildes de coração, um "povo que berra da geral sem nunca influir no resultado", um povo fudido, os marginais, as putas, os ciganos sem dente, os presidiários, um povo que não aparecia na T.V. "Pobre na Rede Globo almoça e janta todo dia". Pobre na Rede Globo tem dente, favela na Rede Globo não tem rato. Esse povo não era o povo dele.

O povo dele era entre outros, os sambistas, não esses de agora, de terno Armani, cercados de loiras recauchutadas, mas, os sambistas das escolas de samba de São Paulo. Os sambistas marginalizados, os que nunca gravaram CD. O Zeca da Casa Verde, o Talismã, o Jangada, o Toniquinho Batuqueiro, o Geraldo Filme, enfim, os que morrem na merda. "Silêncio, o sambista está dormindo, ele foi, mas f oi sorrindo, a notícia chegou quando anoiteceu..."

Então a solução era fazer show com os sambistas. Meu pai contava histórias e os sambistas cantavam suas músicas. Mas os sambistas eram crioulos. Negros? Negro não podia. Em plena ditadura, Plinio Marcos e "a negrada"? Que papo é esse? Poder, podia, mas ninguém queria ver. "A burguesia não me quer", ele dizia. Não podia peça de puta e novela de cigano sem dente pobre e fudido, não podia dizer que a Globo era racista e ninguém queria ver show com "a negrada". Então o que que podia? "Pai, me dá dinheiro pra comprar figurinha do álbum Brasil Novo!"

A ditadura quando eu tinha 7 anos tava em todo lugar, em cada esquina, no meio de cada casal que fazia "amor com medo", nos porões do Doicodi e nas torturas atrozes que muitos sofriam e eu lá: "Pai, me leva na Expoex, pai, me leva na Expoex! A Expoex é a exposição do exército! Eu quero ver os soldados, pai! Eu quero ver os tanques!" E ele me levava. Senão eu chorava. Eu chorava se eu fosse censurado e não pudesse ver a Expoex.

Quando eu tinha uns 12, 13 anos, lá estava o ônibus da escola pronto pra partir pra Porto Seguro com todos os meus amiguinhos dentro e os pais, do lado de fora, dando tchauzinho. E um amiguinho meu perguntou: "Quem é seu pai?" Eu não tive dúvida: "Meu pai é aquele!" E o meu amiguinho: "Aquele de terno e gravata? Aquele que tá conversando com o meu pai?" E eu: "É, aquele." O meu amiguinho gritou: "Pai, esse aí é o pai do Leo!" E a professora ouviu. Não, meu pai não era aquele de terno e gravata. Meu pai era outro. Era o que todo mundo tava chamando de mendigo. Meu pai era aquele de macacão e chinelo! Gordo de macacão e chinelo! "O pai do Leo é mendigo, o pai do Leo é mendigo!" Afinal, quem trabalha tem que usar terno e gravata.

Naquela época, um moleque de 12, 13 anos, era um tapado. Ou isso era característica minha? "Pai, por que você não trabalha? Pai, por que você dorme até meio dia? Pai, por que o pai do Paulinho tem carro e você não? Por que você chega de madrugada em casa? Pai, por que você anda de macacão e chinelo? Pai, me dá dinheiro pra comprar..." E o meu pai me dava dinheiro. Eu estudava em escola de "burguês". Eu estudei nas "melhores escolas". E olha que o meu pai odiava escola. "A cultura nas mãos dos poderosos constrange mais do que as armas; por isso, a arte e o ensino oficiais são sempre sufocantes", ele dizia. Ele saiu da escola na 4ª série do primário. Ele era canhoto. Na escola, as professoras o obrigavam a escrever com a mão direita. Ele fugiu da escola, ele sempre foi da esquerda. Era chamado de analfabeto. Com 21 anos escreveu "Barrela!". "Me chamavam de analfabeto, como se isso fosse privilégio meu, neste país." Meu avô queria que ele trabalhasse no Banco do Brasil, mas ele queria é subir num banco no meio da praça e fazer números de palhaço. A família chegou até a pe nsar que ele era débil mental. Meu pai foi pro circo. Ele amava o circo. Foi ser palhaço de circo. Era o palhaço Frajola. A escola dele era o circo, a minha era escola de "burguês". Mas como ele pagava a minha escola?

Foi preso, foi solto, ameaçado, escrevia em jornais e revistas, quase todos que existiam. Foi despedido de todos. A censura não queria meu pai escrevendo em lugar nenhum. O que fazer? Sair do país? Ele não falava direito nem o português. O que fazer? "Pai, me dá dinheiro pra comprar uma calça Soft Machine!".

Uma vez o meu pai tava com uma dívida muito grande, tava com dificuldade de pagar as prestações de um apartamento que ele comprou pra gente. Daí um belo dia a Ford ligou pra ele, convidando pra fazer um comercial. Era uma puta grana, dava pra pagar as dívidas e ficar bem tranqüilo por uns tempos. Meu pai não fazia comercial.

Foi vender livro na rua. Nas portas dos teatros, nas portas das faculdades, nos bar es. Foi vender livro na porta de teatros aonde se apresentavam artistas piores do que ele. Ele mesmo editava os livros, ele mesmo ia vender. E podia? Não. Não podia. Várias vezes ele foi expulso pelo "rapa" como um camelô comum. E ele chorava? "Perseguido, o caralho! Eu não sou nenhum mosca-morta. Eu fiz por merecer. Fui uma pessoa que aproveitou bem a fama. Eu apedrejei carro de governador, quebrei vidraça de Banco. Foi uma farra. Não teve mau tempo." Tinha. Tinha mau tempo, mas ele não reclamava, eu nunca ouvi o meu pai reclamando da vida. Eu nunca ouvi o cara dizer que a vida tava difícil, ou que era "foda". Não. Ele só reclamava das injustiças. Ele berrava contra as injustiças, os preconceitos, a apatia. Meu pai é o Plínio Marcos, porra! Bela merda, tem gente que nunca ouviu falar. Pra muitos era só um fudido que não deu certo na vida, andando feito mendigo pelo centro da cidade. Já morreu. Não era melhor do que ninguém. (Não?) "Tudo se consegue com esforço; não se chega a lugar nenhum sem caminhar."

Com 15 anos eu quis sair da escola. Ele disse: "Sai logo dessa merda, eu te sustento até você encontrar sua vocação!" Eu saí, eu saí daquela merda na metade do 1º colegial. Acho que qualquer ser humano com o mínimo de sensibilidade, sabe: o ensino do jeito que é, faz mal pra saúde. Eu devia ter uns 17 anos, era de madrugada. Eu morava com ele. Eu tava na mesa da sala com o violão, triste, querendo encontrar a minha vocação, sem saber o que dizer, inibido, pensando em todos os artistas que eram muito melhores do que eu. Meu pai levantou pra tomar água, me viu ali, não disse nada. Foi até o escritório, voltou com um livro e leu um poema pra mim. "O corvo" do Edgar Allan Poe. Não disse nada, só leu a poesia. Não foi o conteúdo, foi o tom da voz dele, aquela voz doce que ele tinha. Ele declamava e eu ouvia como se ele me pegasse no colo. Foi dormir e me deixou ali, ouvindo o corvo dizer: "para sempre!".

Eu virei escritor, com 21 anos escrevi "Dores de Amores". Meu pai era um incentivador, idolatrava os filhos. Queria ser mergulhador só porque o Kiko, meu irmão, é. A Aninha, minha irmã, era tudo pra ele. Eu fiz vários shows com ele, pelas faculdades, pelos teatros, pelos bares. Ele contava histórias e eu tocava violão. Meu pai era generoso, violento, essencial, amava, amava tanto as pessoas que chegava mesmo a odiá-las. Lutava, berrava e me acordava. Meu pai não me deixou apartamento, carro, dinheiro, bicicleta. Nem o chinelo dele me serve. Eu tive e tenho que ganhar o meu próprio dinheiro. Até hoje, muito pouca gente quer montar as suas peças e muito pouca gente quer assistir. Meu pai já não precisa mais vender livro na rua, pra quem não quer comprar, ou pra quem compra só pra "ajudar".

O que eu mais queria é que ele me ouvisse agora: "Pai, você não me deixou nada que se possa enxergar. Nem carro, nem apartamento, nem bicicleta, nem chinelo. Me deixou a sua indignação, um pouco do seu temperamento, a lembrança de ver você acordando todo dia com uma puta força de vontade, com uma puta vontade de viver, sempre alegre, sempre fazendo piada das próprias desgraças, sempre dando tudo que ganhava pros filhos, sem nunca acumular porra nenhuma." E se ele me escutasse ele diria, com um sorriso malandro sem dentes, segurando as lágrimas: "Ê, Leo Lama!" Meu pai não sabia receber elogios. Mas se ele me ouvisse agora, eu diria:

Pai, eu preciso te contar, no seu velório foi muita gente, pai. No seu velório, estiveram os maiores artistas do país. Médicos, políticos, advogados, empresários, fãs, gente do povo, crianças e os sambistas. Os sambistas cantaram sambas em sua homenagem, pai. Suas mulheres, seus amigos, seus inimigos, todos nós, todos nós te aplaudimos quando o seu caixão foi colocado em cima do carro de bombeiro. Eu tava segurando uma aba, o Kiko a outra. Você foi cremado, pai. Seus amigos fizeram discursos emocionados, disseram: "Plínio Marcos, um grito de liberdade!" Nós jogamos suas cinzas no mar de Santos. Na ponta da praia, onde você passou sua infância. O Jabaquara, seu time, ficou na porta do pequeno estádio, uniformizado, com a mão no coração, vendo o cortejo passar. O povo na areia batia no surdo e entoava um canto mudo no crepúsculo santista e nós no barco deixávamos você escorrer pelos nossos dedos como se você nem tivesse existido. Eu ainda quis te achar no meio do mar, mas de repente já era só o mar. E você foi, como todo mundo vai.

É isso aí, pai: tanta gente te amava. Você sabia? Acho que ninguém te amou tanto como a minha mãe. O amor dela ecoa em mim. Mas, e eu, pai? E eu? Será que eu vou ter a mesma fibra que você? Eu não gosto de viver como você gostava. Eu não tenho a sua coragem. "A poesia, a magia, a arte, as grandes sabedorias não podem habitar corações medrosos." Eu acho que eu vou me vender, pai, eu acho que eu já sou um vendido. Eu só queria ser essencial, essencial como você. É difícil. Eu reclamo. A vida ta uma bosta! Tá difícil de encontrar pessoas essenciais, pai. As pessoas só falam e pensam no que é supérfluo. Eu não tenho assunto. Eu me sinto sozinho. Eu não sei sobre o que escrever. O mundo tá se destruindo, tem muita gente fudida, tem muitas festas e muita fome. Que indecência, pai, que vergonha que eu sinto desse tempo que eu vivo. Eu sei que você não tem saco pra choramingo, pai, mas me deixa desabafar, pai, só hoje, me deixa te falar sobre o sonho dessa gente, você sabe, essa gente, os "homens-pregos", fixos no mesmo lugar. Essa gente quer ter carro, pai, casa com piscina, essa gente quer ser rica e famosa, essa gente quer ser musculosa e quer ter bunda, essa gente diz que acredita em Deus e fode ele, essa gente não quer ser essencial, pai, essa gente... essa é a minha gente, pai, às vezes eu me olho no espelho e me acho parecido com essa gente. Me perdoa.

Um beijo do seu filho, Nado, que ainda usa o nome artístico que a gente inventou juntos: Leo Lama.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

INFELIZ NATAL

Na sua casa tem ceia
Na casa dele não tem
Na sua casa tem compaixão
Na casa dele tem compreensão
Infeliz Natal 
Na sua casa tem alegria
Na casa dele não tem
Na sua casa bons amigos
Na casa deles apenas solidão
(Raimundos - Infeliz Natal)

Castelo

Charge da colega Camila M. Sumi sobre a situação dos moradores de rua no bairro do Castelo em Campinas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal

Peru de Natal. Menino Jesus. Pinheiro de plástico. Neve de plástico. É tempo de comprar presentes: a segurança do shopping center e o reforço policial nas ruas comerciais da cidade permitem que novamente o espírito do Natal brote dentro de cada coração. Mas para ganhar presente é preciso ser bem comportado. Por essa razão o menino que fumou crack o ano inteiro, e ainda bateu carteira, fica sem presente, e o menino que tirou boas notas na escola, e ainda foi campeão no clube de natação, ganha vídeo game novo.
Papai Noel. Filmes natalinos. Família reunida. Amor ao próximo. Na ceia de Natal a classe média supera em torno do peru a inveja, a falsidade e as intrigas familiares construídas ao longo de um ano inteiro de convivência medíocre. O Natal é tempo de perdão e solidariedade.
Trabalho de escritório. Trabalho mal pago. Assalto no semáforo. Polícia. Novela. Dormir debaixo da ponte. Jornal Nacional. Miséria. Infelizmente, uma hora chega o momento de retirar árvores de Natal e desmontar presépios, e tudo continua como sempre esteve. A sociedade se prepara novamente para corrigir as crianças mal comportadas, e ajudá-las a serem merecedoras de bons presentes da próxima vez...
Feliz Natal!

Texto que seria públicado na Revista Miséria nº 5, caso ela fosse publicada antes do Natal. Mas isso não aconteceu...

(o texto é do Arthur ou do Peixe?)

Foi publicado antes daqui nos Intelectuais Trangênicos Satânicos, blog do Rodolfo, do Poli e de mais 4 sociopatas...

domingo, 19 de dezembro de 2010

WikiLeaks e os conflitos no ciberespaço

O jornalista Glenn Greenwald, do site Salon, e o cineasta Michael Moore denunciaram que existe um “grupo demandando que Julian Assange seja assassinado sem acusações, julgamento ou processo”. A republicana Sarah Palin, líder do movimento Tea Party do Partido Republicano, afirmou em seu facebook que Assange cometeu um ato de traição e deve ser caçado igual Osama bin Laden. A reação de outros políticos conservadores foi semelhante. O senador Mitch McConnel chamou Julian Assange de “terrorista high-tech”. Ironicamente, a resposta do WikiLeaks foi: “Sarah Palin diz que Julian deve ser caçado como Osama bin Laden – então ele deve estar a salvo por quase uma década”.

(trecho do texto WikiLeaks e os conflitos no ciberespaço - Parte I que você pode ler AQUI)
A charge é do Toupeira, que também colabora com o site Passa Palavra

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PELOS DIREITOS HUMANOS DE ELAINE CESAR, SEU FILHO E O TEATRO OFICINA

Leiam aqui o manifesto do diretor e ator Zé Celso contra o absurdo que uma das atrizes do Teatro Oficina vem sofendo.

A Miséria da Malhação

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Polícia faz nova ação de merda

Agora no Rio de Janeiro contra pessoas que lutavam por moradia.

Veja vídeos aqui

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cegueira temporária e histeria coletiva estimuladas pela mídia

Quadrinho do cartunista Daniel Lafayaette. Se tiver ruim de ler entre direto no blog dele aqui

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Curso de HQ na Flaskô



Toda quinta, as 15h, Fábrica de Cultura e Esportes da Flaskô.

Lula e os massacres na favela




 casa de moradores não-traficantes da Vila Cruzeiro depois da ação de nossos heróis policiais e militares

Moradores da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão denunciam abusos dos policiais
Leiam a reportagem aqui

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os Judeus, o Sionismo, a Palestina

charge do Alan Sieber


"É do conhecimento geral que os judeus foram vítimas de grandes perseguições e que o nazismo fez do anti-semitismo um dos seus eixos principais. Desde o primeiro dia o regime de Hitler perseguiu os judeus e durante a segunda guerra mundial pretendeu exterminá-los. É também amplamente conhecido o tratamento que o Estado de Israel inflige aos palestinianos, espoliando-os e impondo-lhes um sistema de terror que ultrapassa tudo o que os racistas sul-africanos conseguiram fazer no tempo do apartheid. Ora, entre estes dois factos, os judeus como vítimas e Israel como agressor, não existe uma contradição mas, pelo contrário, um nexo lógico"

pichação num muro do distrito de Barão Geraldo em Campinas (foto de Ricardo Flóqui)


"Antes de mais, convém distinguir judeus e movimento sionista. Os judeus são um povo, definido por um conjunto de tradições e hábitos culturais em que a religião é uma parte componente, embora não indispensável. O sionismo é um movimento político que se propôs formar uma nação a partir do povo judaico, disperso desde há muitos séculos no seio de outras sociedades; o objectivo do sionismo era separar os judeus das sociedades onde viviam e conduzir uma corrente migratória para a Palestina, acabando por fundar o Estado de Israel."

Charges do latuff

"figuras eminentes do sionismo germânico expressaram publicamente a opinião de que a chegada de Hitler ao poder era proveitosa para os judeus porque comprometia definitivamente os assimilacionistas(judeus que não queriam formar uma nação na palestina), obrigava todos os judeus a juntarem-se numa entidade única e reforçava a noção de identidade racial do judaísmo"




Os trechos intercalados entre as charges e as fotos foram tirados do texto De perseguidos a perseguidores: a lição do sionismo, de João Bernardo, que saiu no site passapalavra.info.
Esse texto mostra a colaboração dos sionistas com nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.
Para ler na íntegra entre aqui

Um livro muito bom sobre o assunto é "Palestinos: Judeus da Terceira Guerra Mundial", de Fausto Wolff.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Miséria


Violência no Rio: a farsa e a geopolítica do crime
Achar que as várias operações criminosas que vem se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes, é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão.

Trecho do texto do José Claudio Souza Alves. Pra ler na íntegra entre aqui.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Peça de teatro amanhã, de graça na Flaskô

Amanhã, domingão, dia 28, as 19h vão apresentar a peça "Homens de Papel", do Plínio Marcos, que conta o cotidiano de catadores de papelão. Vai ser na Fábrica de Esportes e Cultura da Flaskô.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Violência no Rio de Janeiro

Tudo para a especulação imobiliária no Rio de Janeiro!
Tudo pra vender mais notícia!
E os moradores morrendo, numa guerra sem fim que serve só aos ricos. Aos ricos do Tráfico de droga, que não moram nas favelas. E aos ricos da especulação imobiliária vinculada a Olimpíada e Copa.
O governador fascista Sergio Cabral e a mídia cumprem o papel de transformar o banho de sangue em espetáculo.


Como disse o camarada Latuff (que fez as charges acima e abaixo) "é a crime.org contra o crime.gov"
Leia mais sobre as ocupações:

Ocupação militar das comunidades desencadeou ataques


Segurança Pública reforça criminalização da pobreza

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sites e Blogs que a Miséria contribui

Povo leitor do blog, segue a lista de sites e blogs que a Miséria contribui:

Jornal Atenção. Jornal feito pela fábrica ocupada Flaskô em conjunto com a regional Campinas do MST e o Coletivo de Comunicadores Populares. O jornal abrange as cidades de Campinas, Sumaré e Hortolândia e tem versão impressa de 5 mil exemplares.
http://fabricasocupadas.org.br/atencao/

Passa Palavra. Jornal on-line do Coletivo Passa Palavra.‭ ‬Grupo de orientação anticapitalista, independente de partidos e demais poderes políticos e econômicos, formado por colaboradores de Portugal e do Brasil. ‬O intuito maior é o de construir um espaço comunicacional que contribua para a‭ ‬articulação e a‭ ‬unificação prática das lutas sociais.
http://passapalavra.info/

Jornal do Porão. Jornal online do Mário Bigode, funcionário do Arquivo Edgard Leuenroth. Um jornal em que denuncia as práticas nefastas dos burocratas da Universidade Estadual de Campinas. Contos eróticos, vídeos, desenhos, denúncias, humor, ira: tudo com o objetivo de subverter a ordem dos colarinhos brancos. 
http://jornaldoporao.wordpress.com/


A Voz do Gueto. Jornal comunitário feito pela juventude de Campinas, articula comunidade e cultura popular. Periodicidade quadrimestral. Versão impressa de mil exemplares. 
http://www.readoz.com/publication?i=1031627

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coletivo Miséria por Bira


O cartunista Bira aqui de Campinas fez há um tempo essa caricatura do Coletivo Miséria ao longo de uma oficina que estavamos dando no MIS de Campinas... e num é que ele publicou até no site dele...

sábado, 20 de novembro de 2010

Manifestação de Estudantes da Unicamp

Cerca de 150 alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizaram na tarde desta quinta-feira (18/11) um ato contra a proibição de festas e a presença da Polícia Militar (PM) no campus. Com faixas, cartazes e entoando hinos de protesto, eles saíram da frente do refeitório do Ciclo Básico, percorreram algumas ruas de Barão Geraldo e foram até o prédio da reitoria. A PM foi chamada para controlar o trânsito.
De acordo com os manifestantes, que não se identificaram com medo de represálias, o objetivo principal do ato é, além de sugerir a proibição da entrada da PM no campus, mostrar que eles estão descontentes com algumas ações de moradores da Cidade Universitária e da própria instituição, mas dispostos a dialogar para resolver a situação.
Entre as ações citadas estão a liminar que proibiu a realização do Ifchstock Cinco, festival de bandas independentes do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, e a suposta perseguição da universidade contra alunos que seriam os responsáveis por festas dentro do campus.
Para Carolina, aluna da Faculdade de Ciências Sociais, a Unicamp nos últimos anos tem restringido a liberdade de expressão e a vivência universitária. “Não queremos que tudo seja permitido, mas queremos que a universidade abra uma canal de diálogo com os alunos para discutir como devem ser as festas dentro da universidade”, afirmou. Segundo ela, a deliberação votada no final de 2009 — que regulamentou a organização de festas dentro do campus — teve uma participação minoritária dos alunos e não contemplou os interesses da classe estudantil.
Já Lucas, aluno da Faculdade de História, apontou a volta das sindicâncias — ações que visam responsabilizar e punir internamente envolvidos em ações que ferem o estatuto da universidade — como a principal bandeira do ato.
A Unicamp, por meio de nota, informou que as normas estabelecidas na deliberação aprovada em 2009 têm caráter regulamentar e não repressivo. A universidade afirmou ainda que o objetivo das normas é garantir que os eventos culturais ocorram de maneira responsável, evitando ocorrências trágicas como a registrada em setembro de 2002, quando um estudante morreu no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, após ser baleado durante um show.


PM no Campus
Em frente ao prédio da reitoria, os manifestantes entoaram gritos contra a PM presente no local com três viaturas e cerca de oito homens. “Não entendo porque de uns anos para cá a polícia tem entrado no campus frequentemente, nunca foi assim”, disse um estudante da Faculdade de Química.
O Major da PM Marci Elber disse que os policiais só se deslocam até a universidade com o intuito de restabelecer e preservar a ordem.
A Unicamp, via assessoria de imprensa, afirmou que o campus é aberto e público, portanto qualquer pessoa pode entrar e sair da universidade a qualquer momento.

Notícia retirada de: http://cosmo.uol.com.br/noticia/68214/2010-11-18/alunos-fazem-protesto-para-barrar-pm-na-unicamp.html

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Charge pro Jornal Atenção

Versão original antes de cortar e colorir.

Charge pro Jornal Atenção

Charge que fizemos pra seguinte matéria:

Ouro Verde não respeita seus passageiros
Os passageiros da Viação Ouro Verde andam insatisfeitos com o serviço da empresa. Uma das reclamações é sobre a forma como os idosos são tratados. Mesmo que tenha banco vazio atrás com a inscrição “acento reservado para gestantes, deficientes e idosos”, eles são obrigados a ficar em pé, espremidos, na parte da frente.
Questionada sobre esses fatos, a empresa Ouro Verde respondeu ao jornal Atenção que a lei não permite que os idosos sentem nos bancos de trás, uma vez que, se houver algum acidente, é mais fácil retirar as pessoas da parte da frente.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ato amanhã, terça, na flaskô



Concentração as 11h na Flaskô.
As 14h na Prefeitura de Sumaré.

Se fizermos pressão a Flaskô pode ser considerada área de interesse social.

sábado, 13 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ato na Flaskô, terça-feira que vem (16/11)

Flaskô na Luta!!
TODOS NO ATO DA PREFEITURA DE SUMARÉ
TERÇA-FEIRA QUE VEM
 16 DE NOVEMBRO
CONCENTRAÇÃO NA FLASKÔ
11:00h
É possível que o prefeito de Sumaré declare a Flaskô, a Fábrica de Esporte e Cultura e a Vila Operária área de interesse social. Só com pressão isso pode acontecer!!

Sendo área de interesse social, a Flaskô, a Vila Operária e a Fábrica de Esporte e Cultura não podem mais ser criminalizadas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Escravidão

Quadrinho pro Jornal Atenção da Fábrica Ocupada Flaskô e outros movimentos populares.
O argumento foi do camarada Guga.

domingo, 7 de novembro de 2010

RINDO À TOA

Carlos Slim, homem mais rico do mundo. Fortuna estimada, 53,5 bilhões de dólares.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Latuff em Campinas

Além de participar do Mostra Luta em Campinas, o cartunista Latuff fez dois vídeos enquanto estava por aqui, um sobre a Flaskô e um sobre o MIS. Veja-os a seguir:



domingo, 31 de outubro de 2010

O que resta depois das Eleições

Boletim da Reforma Agrária

Boletim da Reforma Agrária que o coletivo Miséria contribui em fevereiro deste ano.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jornal Atenção

O Coletivo Miséria colabora com o Jornal Atenção.
Esse jornal é uma construção coletiva de vários movimentos: Movimento das Fábricas Ocupadas, MST, MTST, dentre outros.
O Coletivo de Comunicadores Populares e o grupo de teatro Cassandras também colaboram com o jornal.
Abaixo, uma ilustração do Coletivo Miséria para o Atenção:

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Romeu Tuma

Nesta última terça-feira, dia 26 de outubro, morreu mais um filhodaputa, resquício da Ditadura Militar, o Senador e Delegado de puliça, Romeu Tuma.


Um a menos!

Estudantes da UNICAMP X AMOC (a greve do Instituto de Economia...)


AOS ESTUDANTES, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA UNIVERSIDADE:

 
Gostaríamos, por meio desta carta, de explicitar nosso completo repúdio à acusação do diretor Mariano Laplane de que a ação estudantil do dia 25 de outubro de 2010 tenha sido manobrada pessoalmente por nós ou por estudantes do IFCH.

O diretor se vale da prerrogativa de impor sua versão de autoridade sobre discussões travadas a portas fechadas para desmoralizar e distorcer uma iniciativa legítima dos estudantes.

Lembramos a todos e a todas que o informe divulgado eletronicamente continha, além dos três documentos que compunham o processo, um sumário de seu conteúdo, uma crítica à forma como os estudantes foram abordados pela direção do IE e uma crítica (que as entidades estudantis têm todo o direito de fazer) ao trato dispensado pelas autoridades à questão do uso público do espaço.

Por último, propunha aos estudantes uma assembléia para fazer um pedido formal ao diretor do Instituto que não tomasse parte em práticas entendidas como autoritárias. O trato policial das questões estudantis não deve jamais ser naturalizado.

A assembléia foi feita, a questão foi discutida e uma carta foi elaborada para ser entregue em mãos ao diretor. Até então, em nenhum momento havia sido mencionada uma greve ou qualquer nota de repúdio a qualquer autoridade do IE.

No momento da entrega da carta, à presença de mais de uma centena de estudantes, o diretor reagiu reproduzindo todo o acervo de autoritarismos que o corpo discente pretendia questionar: não recebeu a carta, se defendeu de um ataque que não havia sido feito fechando a porta atrás de si e proclamando, na presença de representantes discentes, ameaças de convocação da PM (contra o que?), de apuração dos presentes e instauração de sindicâncias (sob qual pretexto?).

Foi nesse momento que o corpo discente, sensibilizado, se reuniu autonomamente, organizou novas comissões para restabelecer o diálogo e, frente à intransigência do diretor, decidiu paralisar suas atividades em repúdio.

Ressaltamos que, ao contrário da prática docente, todas as nossas críticas pessoais, as quais temos total direito de expressar, foram feitas pela nossa própria voz, em público e até mesmo manifestadas por escrito em outras ocasiões.

Ironicamente, embora o pleito estudantil tenha sido acusado de “infundado e fantasioso”, seu desfecho não podia ser mais concreto: quatro nomes foram enviados pelo diretor (com critérios absolutamente incoerentes) para apuração nos marcos do autoritarismo denunciado. Fez-se o cumpra-se. (Qual o problema? Convenientemente, agora se tratam apenas de lideranças do CAECO...).

Acreditamos que a democracia é tão estreita quanto menores forem os espaços para o conflito de posições. Nesse princípio, nossa responsabilidade reside, sim, em tornar de amplo conhecimento o recrudescimento dos autoritarismos no campus. Nosso compromisso com essa tarefa dispensa quaisquer mediações estranhas ao corpo discente.

Lamentamos que, inclusive no Instituto de Economia, as autoridades sejam tão insensíveis e intolerantes aos apelos de diálogo. Os mesmos professores que hoje nos acusam de intransigência são os que outrora reprimiram o movimento estudantil que se opôs aos decretos estaduais em 2007, à invasão da polícia militar na USP em 2009 e, agora, ao tratamento criminal dispensado às nossas manifestações.

Por último, agradecemos a solidariedade de nossos pares e lamentamos novamente que o corpo docente do IE tenha tanto horror àquilo que não consegue manter estritamente sob seu controle, inclusive a autonomia de seus estudantes.

Campinas, 27 de outubro de 2010

Daniel de Oliveira Nery Costa

Armando Palermo Funari

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Curso de Quadrinhos na Fábrica Ocupada Flaskô


Endereço: Fábrica de Esportes e Cultura
Rua Engenheiro Jaime Pinheiro Ulhoa Cintra, 2355
Parque Bandeirante - Sumaré SP