sexta-feira, 30 de setembro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mundo Belezinha




Gravata Colorida (Solano Trindade)



quando eu tiver bastante pão 

para meus filhos 
para minha amada 
pros meus amigos 
e pros meus vizinhos 
quando eu tiver 
livros para ler 
então eu comprarei 
uma gravata colorida 
larga 
bonita 
e darei um laço perfeito 
e ficarei mostrando 
a minha gravata colorida 
a todos os que gostam 
de gente engravatada


Poema de Solano Trindade (1908-1974) tirado do Boletim do Acampamento Dandara do MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - que fica no Jardim Minda, em Hortolândia.

Estréia do Programa Sonora da TV Flaskô

terça-feira, 20 de setembro de 2011

macaco espacial - por Said Leoni


 sinto-me feliz, e é claro que estou sendo irônico
cada vez mais adequado à rotina
falta-me apenas ser enviado para o espaço sideral

a coisa é simples, questão de aritmética
trabalha-se “x” para ganhar-se “y”
em um cálculo diretamente proporcional

e assim a vida repete-se apenas multiplicando
toda a simples equação por trezentos e sessenta e cinco
anulando os erros aplicando método exponencial

dia pós dia, noite à noite, com sono ou insone
consumando todas as energias
para que tudo se conclua em sacro ritual

é claro que toda infância e juventude
regada a brincadeira e constante educação são espólios
para apenas alimentar o sistema reproducional

mas não se pode esquecer dos muitos excluídos
que privados dos espólios tendem por estatística
a tornarem-se classe fatalmente marginal

porém, com muito esforço e vontade
se batalharem na vida e superarem todas as dificuldades
serão recompensados com medalha de mérito pessoal

um mundo assim perfeito e justo
é, desde que o homem deixou de ser macaco e viajou ao espaço,
o melhor exemplo de felicidade social

fomos a lua, mandamos robôs à Marte
todos prontos para desbravar todo o universo
e criar em cada lugar uma filial

a mão-de-obra é chinesa com custo quase nulo
e para driblar a concorrência é só sonegar os impostos
nada que não se encaixe em uma lógica empresarial

uma dúvida porém se faz pertinente
e para esse projeto torna-se empecilho:
o que fazer com a moralidade da família tradicional?

pergunta boa com resposta fácil,
para combater a barreira da tradição
nada melhor que criar uma nova utopia ideal

tem-se assim sem muito esforço
uma nova realidade baseada no progresso humano
criação do novo, desde o nascimento até o seu final

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nuestras Raices de Luiz Gê







HQ de Luiz Gê retirada do álbum Quadrinhos em Fúria editado em 1984 pela Série Traço e Riso da Circo Editorial, criada no fervor dos acontecimentos envolvendo o golpe militar no Chile em 11 de setembro de 1973.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Charge do Élzio Júnior

Charge do Élzio Júnior, assentado da Comuna da Terra Elizabeth Teixeira, de Limeira, SP.

sábado, 10 de setembro de 2011

MST REOCUPA ÁREA PÚBLICA GRILADA EM AMERICANA/SP


MST REOCUPA ÁREA PÚBLICA GRILADA EM AMERICANA/SP

Americana, 10 de setembro de 2011
Setor de Comunicação - MST - Regional Campinas
           Nesta manhã do dia 10 de setembro, as 700 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) reocuparam a área do Sítio Boa Vista, no município de Americana, região de Campinas, área situada ao lado do assentamento Milton Santos do MST. A área pertence ao INSS e é parte de uma grande extensão de terras públicas griladas pela Usina Ester. Esta área foi ocupada no dia 06 de agosto por essas mesmas famílias, que sofreram uma aterrorizante desocupação por parte da PM no dia 30 desse mesmo mês. Neste episódio a juíza ignorou o pedido de suspensão da reintegração de posse emitido pelo ouvidor agrário nacional Gercino José Silva Filho, que requeria uma prévia investigação do INCRA em relação a situação legal da área ocupada. Além da omissão da justiça, o INCRA ainda não visitou o local para realizar essa vistoria.
          A Usina grila cerca de 4 mil hectares de terras públicas federais, estaduais e municipais na região e já é a 6ª vez que o MST realiza ocupações com o objetivo de denunciar essa ilegalidade cometida pelos usineiros e reivindicar terra para as famílias trabalhadoras. Os governos federal e estadual não tratam com seriedade a necessidade da regularização fundiária na região.
        Mais uma vez os ocupantes acampados, trabalhadores e trabalhadoras da região, reivindicam a destinação das terras para a reforma agrária e o assentamento imediato das famílias. Apenas com pressão social faremos com que se cumpra o que está na lei: que a terra deve cumprir sua função social.
Reforma Agrária: URGENTE E NECESSÁRIA!
CONTATOS: Ana - 8338 8077 / Luciana - 9218 8574
AOS APOIADORES E ALIADOS
Pedimos a todos que apoiam a Reforma Agrária que entrem em contato com o INCRA para que o setor de conflitos visite a área ocupada e realize a vistoria solicitada pelo ouvidor agrário.
Ouvidora Agrária Regional - Telma Maria Cardoso: telma.maria@spo.incra.gov.br
INCRA Nacional - E-mail: presidencia@incra.gov.br - Telefo(61) 3411-7474      
INCRA São Paulo 
Superintendente Substituto: Jane Mara de Almeida Guilhen - jane.mara@spo.incra.gov.br Telefones(11)3825-3817 E-mail:faleconosco@spo.incra.gov.br
ITESP - Diretor Executivo - Marco Aurélio Pilla Souza - diretorexecutivo@itesp.sp.gov.br Assessoria de Mediação de Conflitos Fundiários - Marco Antonio Silva - conflitos@itesp.sp.gov.br
APOIO MATERIAL
Com o processo de despejo seguido de reocupação, estamos necessitando da ajuda de nossos apoiadores. Caso você deseje apoiar a luta dos trabalhadores e trabalhadoras sem-terra na região:
- Locais de Doação (LONA, Cobertores. Alimentos. Produtos de higiene pessoal, Colchões, etc)
1 - Visite o área ocupada (próxima ao local ocupado no dia 06/08): entre no KM 128 da Rodovia Anhanguera e siga em rente na Avenida Nicolau João Abdala (ignorar as placas de desvio utilizando as passagens alternativas). Após o Assentamento Milton Santos, pegue a primeira entrada à
esquerda.
2 - Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas. Rua Dr. Quirino, 560, CENTRO. Tel. 3775 5555
3 - Centro Acadêmico de Pedagogia (CAP) na Faculdade de Educação (FE) - Unicamp.
4 - ITCP - Incubadora Tecnologica de Cooperativas Populares - Unicamp

Para doar quantias em dinheiro:

Banco do Brasil - CONTA POUPANÇA
Titular: Caroline Maria Florido
Agência: 2447-3
Conta Poupança: 17367-3

Ao realizar doações, por favor, envie um email para: campinasmst@gmail.com informando a quantia depositada e, se desejar, sua própria identificação.
Agradecemos desde já o apoio de todos e todas!
 Viva a luta pela Reforma Agrária! 
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SECRETARIA REGIONAL CAMPINAS - MST
Correio Eletrônico: campinasmst@gmail.com
Página: www.mst.org.br
REFORMA AGRÁRIA: Por Justiça Social e Soberania Popular!!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Outro 11 de Setembro - Chile 1973

Cubano Sócrates

Confira trecho da entrevista que Sócrates deu à pergunta cretina da Folha de São Paulo:

"Folha: Por falar nisso, em toda essa impressionante onda de carinho que cercou você nesses dias, há também quem diga que de democrata você não tem nada porque deu o nome de Fidel a seu caçula. É mais uma de suas contradições?

Sócrates: De fato, estou tirando muita coisa de positivo neste meu quase nascer de novo. Quanto ao Fidel Castro, símbolo da Revolução Cubana, como Che Guevara, as pessoas estão mal informadas. No nosso país se conhece muito pouco o que acontece fora daqui e mesmo aqui dentro. A estrutura política cubana é extremamente democrática. Eu queria que meu filho nascesse lá, eu queria ser um cubano. Nós estivemos lá agora, nós fomos passear! Peguei minha mulher e fui lá, passear, curtir lampejos de humanidade. Um povo como aquele, numa ilhota, que há mais de 60 anos briga contra um império, só pode ser muito forte, e ditadura alguma faz um povo tão forte. Ditadura não é tempo de serviço, necessariamente é qualidade de serviço. Em Cuba, o povo participa de tudo, em cada quarteirão. E aqui? Pra quem você reclama? Você vota e não tem pra quem reclamar."

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MILITANTE DO MTST SOFRE ATENTADO NO DISTRITO FEDERAL


Durante a noite do dia 6 de setembro, dois homens armados invadiram a casa de Edson Francisco, membro da coordenação nacional do MTST em Brazlândia – DF.
Os homens arrombaram o portão, entraram na casa e dispararam vários tiros contra Edson que conseguiu fugir sem ferimentos graves.
Desconhecemos a origem desse atentado, mas temos clareza de que isso é parte da intensa criminalização sofrida pelos Movimentos Populares em todo o Brasil.
Edson já havia sido ameaçado por algumas vezes, após o desfecho da ocupação Gildo Rocha, que resultou numa grande vitória do MTST contra o governo distrital.
Além disso, militantes do MTST em outras partes do país estão sendo ameaçados de morte constantemente. Os casos de Minas Gerais e Amazonas são os mais recentes.
No último dia 26 de agosto, uma comissão do Movimento foi recebida pelo Ministério dos Direitos Humanos que se comprometeu a analisar os casos, mas até agora nenhuma medida concreta foi tomada.
Essa nota é uma denúncia contra a criminalização que agora passou das ameaças e foi à realidade. Serve como um apelo aos companheiros de luta e aos diversos meios de comunicação para que divulguem a grave situação dos lutadores populares no Brasil.
Mas antes de tudo essa nota é um Grito. É o início de uma resposta. Pois, se acham que o MTST irá recuar diante disso, enganaram-se redondamente. Sabemos contra quem lutamos e o que queremos. Nossa luta continua e irá se intensificar por todo o Brasil. Não é por acaso que nossa bandeira é vermelha!

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – Coordenação Nacional

Papo Reto


Contribuição para o Zine Papo Reto número 3 que há de sair em breve.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Peça: SE UM EXISTE OUTRO SOME, na Flaskô


“Se um existe outro some” é uma adaptação da peça “Os Azeredo mais os Benevides”, escrita em 1963 por Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha, na época do CPC (Centro Popular de Cultura). O espetáculo estrearia em 1964 e inauguraria o teatro da UNE (União Nacional dos Estudantes), no Rio.   A grande expectativa em torno da estréia, entretanto, deu lugar à frustração: em 1º de abril de 64, um dia depois do golpe que instaurou a ditadura no Brasil, o teatro da UNE foi incendiado e destruído pelos militares, o que inviabilizou as apresentações de “Os Azeredo…”.   A peça é um dos textos mais avançados da obra de Vianinha, muito influenciado pela obra de Bertolt Brecht, com forte referência à Mãe Coragem. Em “Os Azeredo…”, Vianinha, em sua busca incessante por uma dramaturgia que colocasse em questão os problemas brasileiros a partir de uma perspectiva crítica, começa a se distanciar da forma dramática e a se aproximar do teatro épico dialético.   A partir da história da exploração de um grupo de lavradores que, em 1910, vão para a Bahia plantar cacau nas terras de um jovem burguês, filho de uma tradicional e decadente família carioca, o autor tenta dar conta de uma série de temas relacionados à formação e operação do capitalismo no Brasil.   Vianinha procura desmascarar os mecanismos de sustentação do capital, ao mesmo tempo em que trata de elementos brasileiros. Na obra, são examinadas as relações de favor que escamoteiam a exploração no campo, viabilizam a cooptação dos empregados e fomentam o individualismo e a disputa entre os lavradores.
A peça também coloca em questão o “desenvolvimento” baseado nos ciclos de modernização conservadora, que, ao mesmo que tempo em que promovem a dependência econômica ao capital estrangeiro e submetem os pobres do campo a processos contínuos de expulsão territorial, geram riqueza às elites – e só por esta razão se justificam.   O Estado é exposto como instrumento usado pelas classes dominantes para fins privados e como meio de legitimar a violência para garantir a manutenção da ordem social.   O Brasil moderno nasce desses processos, que se encerram, ou recomeçam, na expansão das periferias das grandes cidades. No campo, prevalece a concentração de terras no Brasil e a produção baseada na exportação de produtos primários. Um número reduzido de corporações estrangeiras, organizadas em cartéis e associadas a grandes fazendeiros, controlam a produção dos principais gêneros agrícolas (soja, cana-de-açúcar, milho, laranja etc).   A propriedade rural continua inquestionável, ainda que a maioria dos latifúndios seja fruto da grilagem de terras. A violência, via polícia, Justiça ou pistolagem, oprime os que se levantam contra essa ordem bárbara. Até hoje, na história do Brasil, não se fez reforma agrária, apesar da luta incansável dos MST e de outros movimentos sociais. Mais de 100 mil famílias permanecem acampadas em beiras de estradas país afora aguardando um lote e milhares de trabalhadores ainda são submetidos à escravidão.   A falta de apoio à agricultura familiar, somada à manutenção da pobreza no campo, impele jovens e famílias inteiras a migrarem para as caóticas e saturadas cidades grandes, onde irão competir freneticamente por trabalho e moradia.   Por todas essa questões a peça de Vianinha se mantém vital e, a cada cena, nos põem a refletir: de quem é o Brasil?

UPPs de merda

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/970315-moradores-do-alemao-divulgam-video-de-confronto-com-exercito.shtml


UPP prende cinco jovens no Morro da Coroa e tenta vendê-los para outras favelas
 
"Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) prenderam no último dia 29 de agosto, cinco jovens do Morro da Coroa, no Centro do Rio de Janeiro. A prisão foi por volta da 6h da manhã, mas somente à tarde, às 14h, os policiais levaram os rapazes para delegacia. 
 
Integrantes da Rede Contra Violência, assim que receberam a denúncia, ligaram para várias delegacias, mas sem sucesso, foram juntos com os familiares visitar delegacias mais próximas de onde a favela está localizada para saber alguma informação sobre o paradeiro dos jovens. 
 
Segundo os familiares, os delegados da 6º e da 7º Delegacia de Policia não quiseram aceitar os jovens, já que os policiais da UPP só os levaram muito tempo depois de terem realizado a prisão. A demora em levar os jovens para a delagacia não foi por acaso: "antes de apresentar os jovens presos em alguma delegacia, levaram eles para diversas outras favelas na tentativa, ao que parece, de ´vendê-los` para facções do tráfico de drogas", afirmam moradores da comunidade. 
 
Só a 5º DP que atendeu. Familiares dos rapazes afirmam também que os jovens foram machucados. Um deles apresentou ferimentos no pescoço. Até agora, apenas um foi solto, todos os outros foram para o presídio Ary Franco. 
 
No início da madrugada de 30 de agosto, familiares dos jovens presos e militantes da Rede Contra Violência, na saida do Instituto Medico Legal, foram abordados por policias militares de forma violenta, sendo que um dos policiais que estavam na viatura (cujo número é 513462) empunhou seu fuzil na direção dos mesmos tentando intimidá-los.

O caso está sendo acompanhado pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Combate a Tortura/Alerj e pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos."

Comissão de Comunicação da Rede contra Violência 




domingo, 4 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

JUIZA IGNORA PEDIDO DE OUVIDOR AGRÁRIO E MANDA DESPEJAR AS FAMÍLIAS


JUIZA IGNORA PEDIDO DE OUVIDOR AGRÁRIO E MANDA DESPEJAR AS FAMÍLIAS


01/09/2011 - 16:30 h
Setor de Comunicação - MST - Regional Campinas
Fotos: João Zinclar
A noite do dia 29 de agosto de 2011 foi tensa no Assentamento Milton Santos e na nova ocupação em Americana. 
700 famílias ocupavam a área há 24 dias e no última dia 30 a PM realizou uma reinegração de posse aterrorizante para acampados e assentados.

Muitas famílias não puderam entrar no local, que foi fechado pela polícia. O cerco começou no  início da noite. Diversas famílias assentadas, impedidas de entrar em suas casas, tiveram que passar a noite em carros. Acampados foram detidos indevidamente só por tentar voltar para o acampamento. Um grupo de assentados e o advogado do movimento Vandré Paladini que vinham de uma audiência pública com a Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário que ocorreu na Assembléia Legislativa em São Paulo, foram barrados na estrada que liga Americana ao Assentamento. Durante toda a noite a polícia percorreu as estradas internas do Assentamento constrangendo acampados e assentados que passavam no local.

Foram disparados tiros de fuzil e lançados rojões com o intuito de intimidar as famílias. O clima de guerra e conflito iminente fez com que os assentados interviessem e acolhessem os acampados em suas casas. Estima-se que cerca de 150 famílias refugiaram-se na área do assentamento. As famílias acampadas não tiveram tempo de retirar os seus pertences.

O comandante da operação chegou ao local tentando identificar a coordenação do acampamento, como os acampados e assentados se recusaram a dar informações os policiais receberam ordem de destruição imediata das estruturas. A operação iniciou com uma chuva de balas de borracha que perfuraram os barracos, felizmente ninguém se machucou.

Na manhã do despejo a polícia ainda cercava as entradas impedindo, inclusive, a passagem de jornalistas, apoiadores e advogados. O transporte escolar ficou preso na barreira policial e várias crianças não puderam ir a escola, muitas delas assistiram a ação policial aterrorizadas. A rotina dos assentados foi totalmente alterada, cerca de 4 mil Kg de alimentos retirados semanalmente e doados às entidades assistenciais da região não puderam ser entregues e os produtores ficaram no prejuízo.

A justiça mais uma vez defendeu os interesses dos latifundiários de terra, usineiros. A juíza de Americana responsável pelo processo emitiu a liminar a favor da Usina Ester, ignorando o fato de que a área pertence ao INSS e, não levando em consideração o pedido do Ouvidor Agrário Nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) desembargador Gercino José da Silva Filho, que solicitou o adiamento do cumprimento da liminar até que a situação da terra ocupada fosse investigada.

Durante todo o dia de ontem (31-08) a operação continuou com a destruição de um bambuzal próximo ao local, abertura de valas e remoções de terra. Os pertences dos acampados amontoados no dia anterior, numa área vizinha, foram queimados (colchões, roupas, utensílios e ferramentas). Devido aos abusos cometidos pelos policiais os advogados do movimento estão ouvindo acampados e assentados para buscar responsabilizar os culpados.


Solicitamos às autoridades que tomem providências de modo que os direitos dos acampados, assentados e moradores da região (Sobrado Velho e Morada das Carolinas) sejam respeitados. As famílias assentadas temem, inclusive, as retaliações, já que as intimidações por milícias formadas por policiais que fazem a “segurança particular” da Usina são constantes.

Continuaremos denunciando a grilagem de terras públicas para usufruto de particulares e as injustiças cometidas contra os trabalhadores!!!
Reforma Agrária Já!


Polícia para quem precisa de polícia!


Segue link da reportagem da Record sobre a reintegração de posse em Americana
http://www.tvb.com.br/balancogeral/videos-exibe.asp?v=16116