Ela não se preocupava com a maneira como estava sentada, talvez a provocação fosse sua intenção verdadeira, seus olhos encaravam um ponto fixo porém inatingível para as outras pessoas, eu apenas a observava e gostava do que via, ela foi uma musa por alguns intantes, o tempo de um cigarro, tempo de contemplação. Quando fui dormir peguei-me na lembrança dela, e não pude evitar o calor do corpo e o suor. Não sei seu nome, e com o tempo não lembrarei mais de seu rosto, da cor da sua pele e de seus cabelos, mas a cor da calcinha, a essa cor rubra-sangue, nunca sairá da minha mente, perturbação noturna.
(o desenho foi retirado da revista Chiclete com Banana 6, de uma foto da página do fetichista Edi Campana, doces sonhos)
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