quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Espaço cultural GⒶia.


No dia de hoje 12/01, foi ocupado um Casarão em Santa Tereza, localizada na Rua Almirante Alexandrino, 1648, próximo ao Hospital IV Centenário. (pegar o ônibus Silvestre e descer no Hospital, ou o Bonde Silvestre e descer no Largo dos Guimarães)

O Espaço além de de servir de moradia, será também um polo de irradiação e produção de cultura e um refúgio de vida na cidade. Pedimos solidariedade a todos envolvid@s com Ocupações e também aquel@s que tenham afinidade com a contra-cultura, para comparecer amanhã, 13/01/2011, as 9h da manha ao Espaço GⒶia, que já terão algumas atividades iniciadas, assim como a continuidade de mutirões que se iniciaram hoje.
segue abaixo o Manifesto do Coletivo de Ocupantes:


A vida é o espaço de tempo que nós existentes temos para nos libertar. Temos o poder de ação em nossas mãos, basta coragem e vontade, para dizer não a uma forma de vida esquecida e construir uma alternativa nova, onde possamos estar em harmonia com a terra e viver em fraternidade. 
Sentimos que a grande cidade é a maior das prisões, onde impera o esquecimento através de um sistema capitalista que nos fecha em nós mesmos, num egoísmo ignorante e medroso, desconectado com o ser e a natureza. No sistema capitalista nos vemos obrigados a vender nossas vidas para sobreviver, nosso trabalho é alienado aos nossos sonhos, e muitas vezes nos vemos numa vida automatizada,vazia, materialista e sem sentido, e longe de qualquer ideal. 
Mas nos cansamos dessa morte em vida, decidimos acordar e lutar, por isso decidimos ocupar este espaço abandonado à poeira em Santa Teresa, porque queremos desenvolver nele um portal de ativismo e conscientização onde com amor e arte, possamos sentir a felicidade de criar uma realidade na qual acreditamos. E nesta realidade queremos vencer todas as fronteiras, sentir a força de uma vida que nos chama a acordar, conectando-nos uns com os outros, sentindo que em toda a nossa infinita diversidade, somos sempre um.
Portanto queremos vencer o capitalismo e os seus muros, não sendo mais refém da sua engrenagem que nos domina com o dinheiro, e com a mediocridade de um individualismo indiferente. Por isso sentimos a necessidade de desenvolver a auto-suficiência, plantando o que comemos e fazendo o que precisamos com nossas próprias mãos, porque sabemos que a partir do momento em que utilizamos dinheiro estamos fortalecendo uma forma de vida doentia, onde esqueceu-se a irmandade e onde se estabeleceu um sistema de troca, Estado, hierarquias, violência e propriedade.
Nós preferimos o compartilhar ao trocar, porque o nosso prazer esta em agir, e quanto mais amor entregamos mais amor sentimos, portanto agimos sem esperar nada em troca. Não temos e não queremos propriedade, não temos nada para trocar, e ao decidir compartilhar sentimos que nada é nosso, mas ao não ter nada, temos tudo. 
Por isso com o nosso centro ocupado em Santa Teresa pretendemos desenvolver a permacultura, porque acreditamos que é através da nossa conexão com a terra que mudamos a nossa percepção de vida. Queremos sentir que a terra é a nossa mãe, portanto não é de ninguém, que tem vida própria e permite aos que a trabalham usufruir de seus frutos.
 Não acreditamos na vida na cidade moderna, mas queremos criar no meio desta grande prisão um portal de transição que viva e espalhe uma nova mensagem, incentivando-nos mutuamente a evoluir e a libertar-nos de vez do capitalismo e suas barbaridades, lembrando que antes que nada somos filhos da terra, portanto com ela nos conectamos, sentindo a sua força e a sua luz, vivendo uma vida em que acreditamos e afirmando com nossas ações: Irmãos do mundo, já é hora, acordemos todos juntos.




Para mais informações clicar aqui.

6 comentários:

  1. ê Jão... seu desenho tá uma coisa fina! resolver desenhar perspectivas?! mandou bem!
    Boa sorte aí pra todos @s camardas do Espaço GAIA. Coloca nossas revistas pra vender lá!
    Abraço

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  2. vender? e o capitalismo? dá de graça

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  3. pode ser também... na verdade pensei em vender pra grana ficar pra okupa

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  4. Que fique claro que esse material é uma introdução de um zine que divulgará a okupa, nem sei se tem sentido publicá-lo assim como fizemos, sem o resto, aqui no blog. A Gaia não é um espaço a se comercializar coisas, fazemos isso no centro. Lá tá mais pra rolar umas oficinas de quadrinhos. Visitem lá e apoiem!

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  5. E como já dizia Max Twain: "Ilha de socialismo??! Isso não existe, dona Magda!!
    E como já dizia Pati Pimentinha: "Não vendo gibi porque papai paga minhas contas..."

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  6. e como diria Baka, o ex-socialista rancoroso: "Meu negócio aqui é só comer as menininhas"

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