MST ocupa área pública destinada aos interesses de grandes empresas
Continuando a Jornada de Lutas, cerca de 250 famílias ocuparam uma fazenda destinada à extração de madeira e resina
Setor de Comunicação do MST -
Regional Campinas
Na madrugada do dia 16 de abril, sábado, aproximadamente 250 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocuparam uma fazenda no município de Itapetininga, interior de São Paulo. Com aproximadamente 12 mil alqueires, as terras pertencem ao governo do Estado e é utilizada para o cultivo de pinus e eucalipto e para a extração de madeira e resina, destinadas a grandes grupos empresariais como Votorantim Papel e Celulose (VCP), Eucatex, Duratex e Suzano Papel e Celulose.
A área está sob controle político do deputado estadual Edson Giriboni, do Partido Verde, e é reconhecida como Estação Experimental pelo Instituto Ambiental, órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O local serve oficialmente como centro de experimentação científica nas áreas florestal e ambiental, no entanto, o que vemos é um imenso deserto verde destinado a enriquecer grandes empresas de papel e celulose.
A ocupação é parte da Jornada Nacional de Lutas do MST e tem por objetivo denunciar a monocultura de eucalipto e a utilização de terras públicas em benefício de grandes empresas privadas. Enquanto a Reforma Agrária permanece paralisada em todo o Estado de São Paulo, as empresas avançam cada vez mais sobre as terras para ampliar a produção de eucalipto por meio da monocultura, que desemprega os trabalhadores rurais e destrói o meio ambiente. Por conta dessa situação, as famílias de cinco regionais do Estado, incluindo Campinas, permanecem acampadas no local e reivindicam a destinação da área para a Reforma Agrária.
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